terça-feira, 18 de novembro de 2014

Novo estudo sobre Acidentes com Fauna do Centro de Estudios PONLE FRENO-AXA de Segurança Rodoviária


Neste estudo foram analisados 258.834 sinistros, na Espanha, com garantia de responsabilidade civil, declarados do 1 de janeiro ao 31 de dezembro do ano 2013, a partir dos dados obtidos pela companhia AXA em Espanha.

O relatório reflete que un 8% dos sinistros de carro com garantia de responsabilidade civil atingida produzem-se por colisões contra objetos ou animais (20.970 sinistros); de eles, aproximadamente o 15% se produz contra animais (3.094 sinistros). Isto é, 1 da cada 100 sinistros declarados com garantia de Responsabilidade Civil.

O estudo sublinha que nas colisões com animais se produzirem mais de 90% de lesões que em as colisões com objectos diferentes aos automóveis.

O 6% das colisões com animais provoca lesões aos ocupantes das viaturas. Ademais, as colisões com animais considerados espécie cinegética provocam um mais 7% de casos com lesionados que nos supostos do resto de animais.

O 61,7% dos animais implicados num sinistro de auto são animais considerados espécie cinegética, o que supõe 1 da cada 150 sinistros declarados.

Os animais domésticos estão implicados num 37,7% dos sinistros com animais e as aves, no 0,6% restante.

Do relatório também se desprender que as colisões com animais supõem um 2% sobre os sinistros afetados pela garantia de Responsabilidade Civil (RC).

Espécie

Porcentagen de sinistros

Javali
33%
Cão
30%
Corça
17,5%
Veado
4,2%
Raposa
3,7%
Cavalo
3%
Gato
1,6%
Vaca
1,5%
Ovelha
0,5%
Cabra
0,5%

Em quanto às províncias com mais atropelamentos de animais declarados, A Coruña, Burgos, León e Ourense são as que registam um maior número de acidentes de tráfico nos que se vêem envolvidos animais.

As 15 províncias com maior número de colisões localizam-se, todas elas, na metade Norte da Península Ibéria e concentram o 66% dos atropellos de animais em general. Por outra parte, javalis, corças, veados e raposas são as espécies consideradas cinegéticas mais afetadas, com mais de 95% do total.

O seguinte mapa reflete a distribuição dos acidentes por províncias.
Número de acidentes com animais declarados em cada província

No referente à sazonalidade, os atropelamentos de javalis observam um repunte no período entre Outubro e janeiro, sendo Girona, Ourense, Barcelona, A Coruña, León, Lugo e Huesca as províncias mais afetadas.

As colisões contra veados e corças parecem sofrer um pequeno aumento nos meses de Abril e Maio. Burgos (com mais de 23%) é a província mais afetada, com o duplo de colisões que a seguinte, Soria. As colisões concentram-se no período que vai de Agosto a Novembro, coincidindo com o período de acasalamento do veado.

A corça, por sua vez , mantém-se mais estável ao longo de todo o ano. Por províncias, Soria, León, Guadalajara, Lugo, Álava e Coruña têm um comportamento mais homogéneo.

Finalmente, nos acidentes contra raposas observa-se um pequeno recrudescimento em Dezembro, ainda que muito homogéneo durante todo Burgos, Navarra, Múrcia e Zamora.

Número de acidentes por espécie e mês


O CUSTO DOS ACIDENTES

No passado ano, AXA pagou 1,2 milhões de euros em conceito de reparos pela garantia de danos próprios ocasionados nos veículos de seus assegurados. O 54% dos sinistros declarados por colisão contra animais considerados espécie cinegética tinham contratada a garantia de danos e o 30% tinha afetada a garantia de Responsabilidade Civil para fazer frente a danos causados a terceiros.
O estudo conclui que o custo médio dos reparos do veículo implicado é de 1.400€ em colisões com animais considerados cinegéticos, o que supõe um 32 % de incremento sobre o custo das colisões com animais domésticos. Estima-se que javalis e veados geram um custo de reparo de 1.600 euros, aproximadamente um 14% mais que nas colisões com outras espécies.

RECOMENDAÇÕES AOS MOTORISTAS

Finalmente, o relatório realiza uma série de recomendações aos motoristas com o objeto de minimizar estes atropelamentos e suas consequências.

  • Para evitar um acidente com animais, a principal medida que se pode tomar é reduzir a velocidade, o que permite uma maior capacidade de reação ante qualquer imprevisto. As colisões com animais são mais frequentes em noites despejadas e claras e em troços retos e longos, quando os motoristas tendem a aumentar sua velocidade.
  • Em zonas nas que há risco de que cruzem animais pela via, convém praticar uma condução defensiva e estar atento a qualquer sinal (movimento, brilho, etc.) que possa indicar a presença de um animal nas proximidades. Convém estar alerta tanto a direita como a esquerda (a tendência natural é se fixar mais no lado direito): os animais podem aproximar-se desde ambos os lados.
  • A manutenção em perfeito estado de luzes, para-brisas e escovas limpa vidros e o uso do cinto de segurança são essenciais para reduzir as colisões e suas consequências.
  • Se aparecem animais na via ou junto a ela, é preciso reduzir a velocidade para incrementar o tempo de reação e as possibilidades de evitar uma colisão. Convém recordar que o comportamento dos animais nestas situações é imprevisível e que, em muitas ocasiões, os animais se deslocam em grupo.
  • Tente não dar guinadas nem fazerem movimentos bruscos: poderá perder o controlo do carro e provocar um acidente ou sair-se da via. Se a colisão com um animal é inevitável, deve-se manter a vista para onde se queira levar o carro (não posta no animal), calcar o travão de forma firme e rápida e tratar de colidir em ângulo (não frontalmente). Justo dantes do impacto, é desejável levantar o pé do travão para reduzir as possibilidades de que o animal acabe por espetar-se com o para-brisa.
  • Depois de embater com um animal, pare em quanto seja possível num lugar seguro, fora da estrada, sinalize a parada, comprove o estado do carro e ligue para a Autoridade ou os seus Agentes para comunicar o facto. Nunca se aproxime aos animais feridos. Posteriormente, entre em contato com o seguro para comunicar os danos que tenha podido sofrer o carro.

O seguinte vídeo realizado pelo Centro de Estudios PONLE FRENO-AXA, em Espanhol,  resume os principais pontos do relatório.



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